A votação do Projeto de Lei 122/06 que criminaliza a homofobia terminou em bate-boca na manhã desta quinta-feira.
Durante a entrevista da relatora do projeto, senadora Marta Suplicy (PT-SP), o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e a senadora Marinor Brito (Psol-PA) quase saíram no tapa quando o deputado tentou exibir seu panfleto contra o PL 122 para as câmeras que entrevistavam a relatora. "Foi uma atitude covarde. Ele veio por trás da senadora Marta quando ela estava dando uma entrevista” comenta Marinor, que acusa Bolsonaro de fazer chacota da senadora Marta Suplicy.
De acordo com a senadora, Bolsonaro chegou para provocar. “Eu vi que eles estavam ali numa atitude provocativa e eu agi. Agi pedindo que eles saíssem dali e que respeitassem a nossa presença enquanto mulheres que possuem uma opinião, um debate”, afirma. Ainda de acordo com Marinor, Bolsonaro teria ido até as câmeras somente após perceber que Marta Suplicy estava dando uma entrevista.
Agressão a mulheres
“O Bolsonaro é contra esse projeto porque ele tem medo de ser preso após a aprovação. Não é de hoje que ele dá declarações ofendendo as pessoas”, afirma a senadora. Na opinião dela, Bolsonaro tem aversão a mulheres.
“Ele agrediu a atual ministra Maria do Rosário quando ela era senadora, a então deputada Manoela D’ávila (PCdoB-RS), a Preta Gil e agora a mim?! Sabe-se lá quantas outras agressões ele já não cometeu contra mulheres!”, questiona Marinor, que se diz ofendida tanto enquanto mulher quanto em sua condição de senadora de República.
Ela entrará com uma representação contra o deputado Jair Bolsonaro na Corregedoria da Câmara e no Conselho de Direitos da Pessoa Humana. “Já entrei em contato com o presidente José Sarney. Isso não é comportamento de um deputado federal. Não é condizente com as regras do Congresso Nacional”.
De acordo com o deputado, a senadora partiu para a agressão por não ter argumento contra a campanha que ele está fazendo. “Eles não têm argumento contra o que eu estou fazendo por aí. Perderam a razão e partiram pra agressão”, afirma. Segundo ele, seu panfleto não tem nada além do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal.
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